O Brasil é
um pais onde os humoristas e comentaristas políticos tem um ambiente fértil
para suas piadas e escritos. A vida política é rica em episódios que
proporcionam as mais variadas piadas e críticas jornalísticas. É verdade. Qual
o custo disto? A perda da vergonha e da ética em nossa sociedade. É vergonhoso
para todos nós, ao menos este deveria ser o sentimento a envolver as pessoas
que se intitulam “de bem” e que ainda necessitam ser gente de “alguém”, que
convivem com a destruição da ética e da verdade, a cada dia, pelos que se dizem
representantes do povo”. Recentemente setores dessa sociedade hipócrita e
dissimulada se mostraram indignados e chocados com as palavras de um
determinado deputado federal que ousou dizer que ele estava pouco se lixando
para a opinião pública. Por que a surpresa e a hipocrisia? Por acaso esse
político mentiu? Não, apenas tornou público um pensamento que habita a maioria
das mentes políticas deste país, lamentavelmente. E por isto, como é de hábito
numa sociedade hipócrita e acostumada a falsos elogios, foi execrado e
condenado pela opinião pública (leia-se, também, a mídia). Quero deixar bem
claro que não estou defendendo esse deputado e nem sua biografia (suja, como a
de muitos outros), pois o considero parte do lixo político existente na
política nacional, mas não posso fazer de conta que vivemos num país de maioria
ética e de uma sociedade consciente de sua responsabilidade cidadã e seus
compromissos diante do progresso de seu país e dos seus habitantes. Não vivo
num conto de fadas, onde as aparências se sobrepõem a realidade. Quem quiser
assim viver, que assuma os riscos de sua omissão.
Aqui em Capivari, semeia-se a
todo instante a hipocrisia e a demagogia na relação política e sociedade. Nesse
espaço democrático, conquistado parcialmente ao longo do tempo ao custo de
sangue e dor, se mente para a população da forma mais hipócrita possível,
alimentando ilusões e se amparando em princípios cristãos distorcidos e que
servem apenas àqueles que se servem dos mesmos. Em pleno século 21, ainda se
respira, em Capivari, os podres ares da discórdia e da segregação política. Tem
o lado A e o lado B. Quem está num lado não pode sequer manter um diálogo amigo
com alguém do outro lado, que pode estar sendo monitorado e os todo-poderosos
da política local podem se melindrar e se magoarem.
Quem critica, com
argumentos democráticos ou não, essa ou aquela gestão pública, corre o risco de
serem alvas de injúrias e perseguições das mais variadas formas, inclusive
dentro das hostes familiares, por aqueles que resistem em ser racional em
detrimento dos interesses imediatos e dos sentidos. Pobre ser humano, pobre
humanidade, mas assim caminhamos.
A política Capivariana é, infelizmente, provinciana, egoísta e comprometida com os interesses nada republicanos dos seus protagonistas e dos que se mantém no anonimato e nas sombras do poder. Carecemos de pessoas e ideias progressistas e voltadas para o desenvolvimento do município, sem conotação partidária ou vinculada a interesses pessoais.
A política Capivariana é, infelizmente, provinciana, egoísta e comprometida com os interesses nada republicanos dos seus protagonistas e dos que se mantém no anonimato e nas sombras do poder. Carecemos de pessoas e ideias progressistas e voltadas para o desenvolvimento do município, sem conotação partidária ou vinculada a interesses pessoais.
Conceitos importantes como a ética são bandeiras de tolos e fracos, ao menos assim é demonstrado nas ações políticas dos partidos e seus membros, que em nome de uma suposta governabilidade, esmagam princípios éticos e cristãos, que são abatidos diariamente nessa guerra em torno da manutenção do poder, sempre no argumento de que se faz tudo isto em prol do bem da sociedade e do povo de Capivari de São Paulo e do Brasil. Hipocrisia pura.
Neste mundo ainda se mata
em nome do Cristo e pelo Cristo. Ainda se mente em nome D´Ele também. Os
partidos políticos não mais se diferenciam. Os políticos e seus partidos, ao
menos em sua grande maioria, se assemelham em conteúdo e essência. É o poder do
carisma e da afinidade popular de um líder político, e não fruto de uma
consciência cidadã e politizada, lamentavelmente. Ainda precisamos de santos e
líderes. Temos medo de sermos nós mesmos, precisamos de "bengalas" no
caminhar da Vida.
Aqui em Capivari não é diferente. Essa aproximação do “pernóstico” com algumas marionetes de Câmara local é um exemplo claro dessa semelhança fisiológica e da hipocrisia existente na política mundana construída e alicerçada em falsos valores e numa cultura distorcida e deseducada existente. Rasgaram-se todas as bandeiras em torno da ética e da moral que pareciam renascer no seio da sociedade e dos políticos após a ultima eleição. São falsos pregadores da moral e da ética que se dizem defensores da população e do erário público. Ao invés disto, confundem o privado com o público e vice-versa. Ignoram os anseios populares, as necessidades dos sofridos e dos oprimidos pela força do poder econômico. Estão pouco se lixando para as dores sociais, se preocupam somente em manterem as rédeas do poder nas mãos, custe o que custar. A mentira é sua arma. A hipocrisia sua maior conselheira. As sombras, seus guias espirituais.
Em meio a lama que envolve atualmente a política nacional, certamente há algumas flores que tentam oxigenar o odor fétido exalado dessas almas comprometidas com a mentira e os interesses pessoais, mas ainda não é suficiente para que a fedentina seja dissipada e eliminada. Precisamos muito mais do que indignações e cartões vermelhos diante do caos
estabelecido na podridão do sistema político existente no Brasil e em muitas outras partes do mundo, precisamos também agir e construir ações em torno do bem estar coletivo. Não é e nunca foi uma tarefa fácil, mas é o caminho a ser seguido.
Servir e não ser servido. É a meta. Quem assim o fizer, dar sua parcela de sacrifício, certamente colherá ao menos a doce sensação de uma consciência tranquila e poderá estar em paz consigo mesmo.
O mundo,
dizem, não é justo, verdade, mas nós podemos mudar isto, somente nós!
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