domingo, 28 de novembro de 2010

ABSURDO



Quando tomamos conhecimento de que “SAAE”, depois de ter informado a população iria dar inicio ao “corte de água” a pergunta que ficou no ar foi a seguinte: e se fosse uma empresa terceirizada?   

Onde e
stão os nossos políticos numa hora dessa, diante de uma medida tão fora de hora e de lógica? Cadê os vereadores, frente a tal despropério, disparate, absurdo, contra-senso, impropério e vitupério? (Estas palavras todas têm um mesmo significado, mas é bom para eles correrem ao dicionário e perceberem o quanto estão sem foco).

O GOVERNO, em nível federal, tem se preocupado com os pobres. Mas o “PERNÓSTICO” no qual muita gente deposita (ou depositou) todas as fichas, não tem barba na cara! E como também é inexperiente na administração pública, o bem intencionado “BONECÃO DE OLINDA” está deixando os velhos conhecidos darem as diretrizes.

Enquanto o GOVERNO FEDERAL cria bolsa de tudo quanto é espécie para minimizar a lamúria vigente, em NOSSA CIDADE,  imputamos à população uma desfaçatez ilógica, passível de discussão sobre sua ilegalidade (para não dizer imoralidade) na esfera jurídica. (Que falta faz uma OAB sensível às causas sociais em momentos como esse... E que saudade que dá do locutor e advogado Ismael Sanches...)

E olha que somos capazes de apostar que o nosso “mestre” não havia tomado o seu “gardenal” quando autorizou esta iniciativa e seus subordinados nem imaginam o mal que estão fazendo. Será? Olha que é bem possível... Vocês já perceberam como ele tem dias que está perdidinho da silva? Chutando para todo lado? Se assim for, se o nosso “pernóstico”  fez isso pela cabeça dele, e não foi influenciado  e orientado por nenhum ”jerico” , só podemos esperar que, como todo político que tem a humildade de reconhecer um erro, volte atrás e abomine tal idéia.

Temos em mãos transcrição de várias entrevistas do “pernóstico’ (de antes, quando era pré-candidato a prefeito; e de depois, quando aceitou compor com a turma dos ex-mandatários). Ele sempre os entusiasmou com seus posicionamentos, pois confiavam que NOSSA CIDADE  finalmente teria uma liderança diferenciada, fora dos padrões convencionais, de decisões frias, tomadas em gabinetes como doses de wisky no conforto do lar. Só que o buraco é mais em cima, não é? Na prática a teoria não passa de um risco na água.

Alguém tem que se indignar (como já o fez o “ADO SANCHES” da FM alternativa). Caso contrário, em nossa cidade vai ficar mais barato beber o tal wisky 23 anos do que essa água do SAAE. "Não vai dar nem para colocar água no leite, pois não  vai ter esse precioso liquido". As famílias agraciadas com o programa Leite Leve (ou é Leve Leite?) pensarão assim, estejam certos.

O tal “SAAE” tem uma comissão formada por confortáveis conformados, que tem poder sobre decisões de tal impopularidade, que dói no bolso de famílias menos favorecidas, porque somente estas deixam a coisa chegar a tal ponto, ou seja, “cortar a água”.

Se “cortar a água” de uma casa já é desumano, é humilhante para um pai de família, aí a desumanidade passa a ser duplamente condenável, para não dizer sacana, leviana, mesmo que tomada depois de diversos avisos. A prefeitura corta a água e depois  de vinte meses de governo(com a divida consolidada.  E deu no que deu. Vocês entraram aí, em substituição a eles, para mudarem aquele estado de coisas não para piorarem.

Mas qual. A emenda está saindo igual ou pior que o soneto. E olha que está só começando. Se liguem. O “SAAE”, como departamento municipal, não pode dar prejuízo... Mas também não precisa dar lucro exorbitante em cima de famílias humilhadas e desguarnecidas. Porque, se for o caso, quem sabe já não é hora de se pensar de novo em transferir esse departamento para a iniciativa privada. 
Pelo menos contra a Sabesp ou qualquer outra a gente bate de frente, briga na justiça, e ninguém vai ficar melindrado, achando que é picuinha no campo pessoal. A Sabesp até poderia cortar água mas jamais castigaria a população cobrando dividas pretéritas, mas aí a imprensa como um todo seria mais corajosa e mais vigilante e atenta. Não é nada contra diretor nenhum. Nada disso: em nossa infância pobre já experimentamos na carne humilhações como essa. Dessa sequidão que vocês só conhecem pelas planilhas de corta/religa, podemos falar com categoria, entende? E alguns reais no orçamento de uma família pobrezinha pesa, e muito. Pesa tanto que chega a tirar o sono.


Se acham que peguei pesado, mais pesado vocês estão pegando, impondo que sejam parceladas dividas pretéritas a quem não tem de onde tirar. Tirar leite das pedras? Sejam  humildes mostrem que são capazes de reconhecer um erro e digam que  essa idéia de jerico caiu por terra, que o bom senso mandou pensar melhor e voltar atrás. As famílias que tem dividas desde 2007 poderão discutir suas dividas no judiciário . E, mais ainda, com apoio da Câmara Municipal, com autorização por Lei, criar um programa de renegociação das dívidas, caso a caso das residências com água cortada. Parcelar essas dívidas, botar os hidrômetros para funcionar com redutores e deixar a água minar nas torneiras das casas dos pobres. Facilitar, humanizar, dar dignidade, elevar a auto-estima, dar bem-estar e sossego... Essa é, em tese, a vantagem de se ter um departamento de água próprio.

Que poderia fazer um fornecimento controlado através de  redutores de no Maximo 5.000- litros de água por uma tarifa social de R$ 5,00 a qualquer munícipe inadimplente, e cobrar pelo esgoto de algumas empresas que possuem poço artesiano e não pagam por esse serviço mesmo estando com seus cofres abarrotados.
No mais, aqueles que acharem que fomos "severos" em nosso espernear contrário por conta dessa arbitrariedade do “SAAE”, saibam que não, não fomos nem somos. Mas podem estar certos de que a cada mancada/vacilada/desatenção/contradição administrativa, aqui estaremos!  Não precisava disso. Mas cada um contribui com o que pode oferecer. E é isso que temos a proporcionar para os grandes debates de nossa querida cidade, quebrando o silêncio sem eco de sua gente tão acomodada, sem norte e muitas vezes desiludida, por acreditar, acreditar, acreditar e dar com os burros n'água. Contem com nossa participação. Sempre. Gra-tui-ta-men-te...

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