Bom, como nem eu me levo muito a sério, certamente vocês não questionarão a minha repentina decisão de voltar a escrever. Fui acometido por mais uma ação compulsiva de teclar impulsivamente. Desesperei-me ao ver as minhas caixas de e-mails às moscas, praticamente vazias, sem comentários, sem mensagens dos meus amigos mais chegados (da minha alcolatra), sem nada que me mantivesse ligado a esta cidade que eu amo. Entrei em pânico, comecei a suar frio, andei em círculos, tive insônia, dor de cabeça, estive à beira de uma crise existencial, do tipo: Quem sou eu? O que quero da vida? Onde estão os meus amigos? Por que não escrevo mais?
Foi
a partir desse longo e tenebroso questionamento que decidi aceitar a
condição de viciado. Sim, meus amigos, sou dependente virtual, ainda que
sempre tenha negado isso. Mas sou um exemplo, para quem quiser ver, que
a dependência virtual é complexa e difícil de ser curada. No meu caso,
impossível. Alguém aí, vai me questionar? Bom, como eu só tenho um
inimigo na vida, acho que todos me darão apoio moral e ficarão felizes
com a minha volta. A menos que apareça, no mundo virtual, a minha comentarista alcolatra inveterada, que venha aqui comentar alguma coisa desagradável, do
tipo: - Você só quer chamar a atenção. E vai que ela tem razão e me põe
para pensar novamente, não é? É melhor que ela não apareça, pois quem
gosta de aparecer aqui sou eu, rs.
Esses
dias em que passei afastado me serviram para reforçar a velha teoria de
que “nada é tão ruim que não possa piorar”. E eu piorei muito. Perdi a
minha identidade e me vi completamente desprovido da minha real
personalidade. Se servir de conselho a quem for dependente como eu, não
desista nunca dessa interação e não tome decisões às quais pode se
arrepender cinco minutos depois. Ainda bem que para tudo há um jeito. No
meu caso, foi só arranjar coragem para vir até aqui e dizer: - Este sou
eu: humano, equivocado incoerente, cheio de defeitos e susceptível a
erros. Também
precisei me encher de confiança para saber que possíveis recaídas
poderão acontecer e preciso estar preparado para combatê-las, caso
surjam novamente. Mas desta vez, estarei atento!
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