quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Lombadas obsoletas irritam usuários da SP-101

Fábio Trindade
Grupo Rac

Moradores da região e os motoristas que passam pela via aguardam
 a retirada da lombada instalada no Km 6,1

Veículo passa sobre lombada na SP-101: equipamento perdeu a função depois que cinco passarelas foram instaladas na rodovia
(Foto: César Rodrigues/AAN)
                                                Desde que a Rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença (SP-101), que liga Campinas a Capivari, ganhou, em agosto, cinco passarelas nas imediações dos bairros Boa Vista, Nossa Senhora de Fátima, Rosolém, Sumarezinho e São Bento, na cidade de Hortolândia, os moradores da região e os motoristas que passam pela via aguardam a retirada da lombada instalada no Km 6,1 e da sinalização de 50km/h no Km 0,8.

A falta das passarelas obrigava as pessoas a atravessarem a pista para chegar aos bairros do outro lado da rodovia. Enquanto as passarelas não vinham, o Departamento de Estradas e Rodagem (DER) instalou as sinalizações e lombadas nos pontos mais críticos para obrigar os motoristas a reduzirem a velocidade e tentar evitar acidentes. Era uma reivindicação antiga dos moradores e trabalhadores da região, que tem alta densidade populacional e registrava muitos atropelamentos.

“Depois que as passarelas ficaram prontas, não consigo entender a função de manter um radar com velocidade máxima de 50km/h em uma rodovia em que a velocidade é de 80km/h. Ainda mais em um ponto movimentado, que no horário de pico fica congestionado, porque precisamos reduzir como se estivéssemos andando no centro da cidade”, reclamou o motoboy Roberlei Matano.

Essa é a mesma opinião do líder logístico Givanildo Felix Rodrigues. Morador do bairro Chácaras Coelho, ele pega ônibus em frente à lombada do Km 6,1 e conta que já presenciou acidentes no local, pois os motoristas precisaram frear bruscamente por não ter visto a lombada. “Além do perigo, é comum dar trânsito por causa da lombada. O ônibus atrasa por que a rodovia fica carregada, mas quando desço, é só passar a lombada que o fluxo de veículos volta ao normal.” Para ele, a lombada era muito importante quando não tinha passarela, porque atravessar a via era a única opção para ir para o outro lado da pista, mas agora que esse problema foi resolvido, é preciso pensar no problema do trânsito local.

O engenheiro civil e especialista em segurança viária José Luiz Fuzaro informou que as autoridades de trânsito, depois de estudo técnico sobre o local, levando em consideração o tipo de via, presença de pedestres, movimento na região, entre outras coisas, podem estipular qual a velocidade máxima das sinalizações e se é preciso instalar lombadas nas rodovias, mas se esses procedimentos foram feitos exclusivamente para permitir a travessia, depois da construção de passarelas, eles devem ser descartados. “Não existe mais sentido mantê-los no local.”

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